Porque a segunda-feira não precisa ser uma tortura

78% das pessoas são mais gentis com os outros do que com elas mesmas Funcionários Felizes

Um estudo sobre progresso e felicidade

Progresso e felicidade

Progresso e felicidade estão ligados. O progresso é parte fundamental da satisfação dos funcionários com relação às suas funções e às organizações onde trabalham. Este é um dado obtido em um estudo publicado pela Harvard Business Review Press (Inteligência Emocional – Felicidade), dos pesquisadores Teresa M. Amabile e Steven J. Kramer.

De acordo com os autores, grandes avanços são importantes, mas as pequenas vitórias fazem diferença neste processo. Inclusive, destacam isto no título do artigo, chamado “O poder das pequenas vitórias”.

O que querem dizer com isso é que, quando falamos em progresso, pensamos logo em grandes objetivos. Entretanto, como eles fazem questão de lembrar, as grandes vitórias são importantes, mas raras, e, por isso, mas vale concentrarmo-nos nas pequenas vitórias de cada dia. Elas podem favorecer uma enorme melhoria à vida profissional interior. Para isso, é preciso, no entanto, que as pessoas considerem relevante o trabalho que elas mesmas fazem.

Vida profissional interior

A vida profissional interior está ligada diretamente ao desempenho dos funcionários. A qualidade de vida profissional interior é um estímulo fundamental ao desempenho criativo e à produtividade. E esta qualidade de vida tem a ver com as emoções, motivações e o quão positivamente os funcionários enxergam a organização, a gestão e o trabalho em si.

Pesquisa sobre o poder do progresso e a felicidade

No estudo, um inquérito diário foi feito aos participantes sobre suas emoções em cada dia de trabalho. Participaram do estudo 26 equipas de 7 empresas, com 238 funcionários no total e 12.000 entradas de diário.

Ficou claro que se uma pessoa estiver feliz e motivada ao fim do dia de trabalho, é muito provável que ela tenha feito progressos naquele dia. E se estiver desmotivada ou desanimada, há grande chance de ela ter sofrido um revés.

Nos dias de progresso, as pessoas enfrentavam os desafios de maneira mais positiva e sentiam o espírito de colaboração e equipa.

Estímulos positivos x estímulos negativos ao progresso e à felicidade

Os pesquisadores descobriram, ainda, que há dois tipos de estímulos positivos ao progresso: catalisadores e incentivos. E os seus opostos: inibidores e toxinas. Passaremos a explicar.

Os catalisadores são ações de apoio ao trabalho, como a mobilização de recursos e de estrutura para que os funcionários possam desempenhar suas funções com tranquilidade.

Os incentivos são ligados às pessoas em si. O reconhecimento, as demonstrações positivas com relação ao desempenho dos funcionários e o respeito a eles.

Os inibidores são ações que prejudicam o trabalho, como não prover recursos e estrutura ou não mobilizar a ajuda entre membros da equipa, por exemplo.

As toxinas, assim como os incentivos, são dirigidas às pessoas. Sendo opostos, as toxinas estão relacionadas à falta de respeito, de reconhecimento. Toxinas e inibidores não são predominantes em ambientes positivos de trabalho, como você pode imaginar.

O papel do gestor

É óbvio que é gratificante fazer progressos no trabalho, mas cabe salientar que é fundamental o apoio a este progresso. E aí entra o trabalho dos gestores, que podem colaborar neste processo ou prejudicar o avanço e bem-estar dos funcionários.

Os gestores precisam garantir que os funcionários percebam a relevância de seus trabalhos e como eles contribuem para o funcionamento da organização.

Os registos dos diários dos funcionários que participaram do estudo revelaram 4 formas de agir dos gestores que “tiravam” a relevância de seus trabalhos.

1 – “Os gestores podem desvalorizar a importância do trabalho ou das ideias dos funcionários”.

2 – “Podem destruir o sentido de propriedade que os funcionários têm relativamente ao seu trabalho”.

3 – “Os gestores podem dar a entender que o trabalho que os funcionários estão a fazer nunca verá a luz do dia”.

4 – “Podem esquecer-se de informar os funcionários a respeito de mudanças inesperadas nas prioridades dos clientes”.

Um gestor consciente de seu papel não procura culpados quando algo de mau acontece. Pelo contrário, foca na busca de soluções e estimula o espírito de equipa. Assim, os funcionários sentem-se seguros em compartilhar os problemas que acontecem ao invés de escondê-los com medo de uma reação negativa.

Um bom gestor não terá dificuldades em perceber como sentem-se os funcionários de sua equipa. Basta que sejam facilitadores do progresso destes funcionários e os faça ver este progresso e a importância de seus trabalhos, além, é claro, de os tratar com respeito. Desta maneira, eles vão ter as perceções necessárias a um bom desempenho e à satisfação no trabalho.

Por Cristine Rocha

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