É claro que não dá para ser sempre, mas, em casos excecionais, por que não normalizar a presença das crianças no trabalho?
O exercício da maternidade e da paternidade deve ser visto como algo natural e que faz parte da vida dos funcionários. Eles não vão conseguir viver a rotina de trabalho como se não tivessem filhos. Nem é isso o que querem.
Filhos ficam doentes, ficam de férias, e imprevistos acontecem na vida de qualquer ser humano.
O teletrabalho, durante a pandemia, veio mostrar que é possível conciliar estes papéis sem prejudicar a produtividade. Passámos a conhecer os filhos de nossos colegas de trabalho. E percebemos que, afinal, nossos colegas enfrentam dificuldades e tentam equilibrar as mais diversas funções e tarefas assim como nós.
Não é motivo de vergonha nem deve ser visto como falta de profissionalismo o fato de ouvirmos ao fundo de uma chamada a voz de uma criança ou mesmo vermos os miúdos no meio de uma reunião por videochamada.
Quem não se lembra do professor americano Robert Kelly a conceder uma entrevista para a BBC, e sua esposa desesperada ao tentar pegar a filha do casal que havia entrado na sala sem que se dessem conta?
Desta vez, foi em uma rádio do Brasil, mas com um correspondente que vive em Londres. Ele explicou que o filho não pôde ir ao infantário, e sua esposa estava em uma reunião importante.
Como bem disse o repórter depois do ocorrido, com a repercussão do fato, “pais e mães são professores, jornalistas, políticos, médicos, motoristas e cada um tem que fazer o seu melhor para equilibrar vida profissional e o cuidado com os seus filhos.
Nestes dois casos, foram pais, mas é claro que devemos encarar com a mesma empatia quando acontece com as mães. Ou seja, que nem mães nem pais sejam vistos como menos profissionais ou menos capazes de dar conta de suas vidas somente por causa de um momento mais complicado ou um dia em que foi mais difícil de gerir os seus papéis.
Assista ao vídeo e identifique-se se puder.
Por Cristine Rocha
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