Muito tem se falado sobre Burnout, um esgotamento físico, mental e até mesmo emocional. E não é para menos, já que, em meio a uma pandemia, com tantos sentimentos e o acúmulo de tarefas, é normal que estejamos a pedir socorro, a precisar de um descanso para nossa mente. Mas você sabe o que fazer para evitar o Burnout?
É necessário resgatar a simples capacidade de não fazer nada, nos permitir o ócio. E não falamos do tal “ócio produtivo”. É ócio, puro e simplesmente ócio. Sentar e não fazer nada durante um tempo. Faça este experimento.
Quando sentamos e tentamos não fazer absolutamente nada por dois segundos que seja, já pensamos em pegar o telemóvel e conferir as redes sociais, ou em levantar e colocar a roupa para lavar. É como se estivéssemos a perder tempo, a ficar atrasados em nossa corrida por dar conta de tudo, e, com isso, logo pensamos em levantar.
Você pode ter a sensação de não estar sendo produtivo, mas, quem disse que você deve ser produtivo o tempo todo? Quem disse que tudo precisa estar o tempo todo perfeito?
Há quem diga que devamos ocupar a mente, tirar os projetos do papel e começar. Começar a aprender algo novo, a empreender. E nós mesmos acabamos por buscar ocupações na tentativa de não pensarmos demais na nossa realidade, nos problemas etc. Você já reparou como isto gera ainda mais ansiedade e cobrança interior?
Estamos a viver em modo de economia de energia. É como um telemóvel que está com pouca bateria e, por este motivo, deixamos de usar as aplicações que não são primordiais. E é claro que vamos carregá-lo quando pudermos. No entanto, nós, mesmo com a energia um pouco em baixa, queremos dar o nosso máximo, fazer todas as tarefas e realizar todos os sonhos. Será este o melhor momento para darmos tudo?
Primeiro, precisamos saber voltar ao básico, para o racionamento desta energia, a fim de não chegarmos ao esgotamento total. Para isso, esqueça todos estes conselhos de começar a aprender coisas novas, ser mais produtivo.
É tempo de recorrermos ao conhecido, ao que sabemos e gostamos de fazer, ao que não cansa ainda mais nossa mente. Retorne ao modo simples. Veja seu filme preferido, coma aquela comida que lhe traz conforto, fique de pés no chão, deite no sofá, tome um gelado.
Se pararmos um instante, conseguiremos ouvir a nossa mente e o nosso corpo e perceber o que realmente importa. Talvez seja estarmos conectados com o simples, com o que é verdadeiramente capaz de recarregar as nossas energias.
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*Por Cristine Rocha