Qualquer que seja o caminho que decidamos percorrer, o fato é que iremos ter pessoas a concordar connosco ou a discordar de nós. Mas, será que você deve dar tanto peso a estas opiniões na hora de fazer as suas escolhas profissionais?
Muitas vezes, as pessoas que vão lhe julgar não são nem tão importantes na sua vida. E, no final das contas, quem vai estar feliz ou não com as suas escolhas é você. Será que você estaria a fazer o que está a fazer hoje se não se preocupasse tanto com os parâmetros ditados pela sociedade?
Existem pessoas que optam por trabalhar fora e recebem críticas por não estarem com os filhos, e outras que optam por ficar em casa e recebem críticas por não estarem a trabalhar fora. Ou seja, não importa o que você faça, você vai precisar lidar com os julgamentos alheios ou, talvez, escolher não lidar e ignorar.
A verdade é que a sua vida é uma só e é sua. Só você conhece a sua realidade e as suas possibilidades e sonhos. Não poder abrir mão de certas coisas por questões práticas da vida, como dinheiro e contas a pagar, é totalmente compreensível. O complicado é quando você pode e quer dar um passo, mas fica paralisado com medo do que irão falar ou pensar.
Quem realmente se preocupa com você vai perceber que o que importa é você estar feliz. No entanto, em alguns casos, mesmo estas pessoas não conseguirão dar o apoio que você precisa para dar um passo na sua carreira. Em geral, estas decisões envolvem riscos e o medo do arrependimento, por isso, pode ser necessário buscar apoio em si mesmo e ter a coragem para tomar uma decisão.
Pondere, pense, faça uma análise cuidadosa sobre seus anseios, mas procure deixar de fora as vozes que não são suas e que ecoam em sua mente. Perceba quando são seus os pensamentos e opiniões ou quando é tudo aquilo que você imagina que irá ouvir de determinadas pessoas.
Os outros são os outros e fizeram e fazem as suas próprias escolhas profissionais. Saiba que você é o “outro” para alguém, e que estas pessoas também temem o julgamento e a crítica.
Portanto, se você não está satisfeito com os rumos da sua vida profissional ou percebeu que tem outra prioridade no momento, analise o que é possível ser feito para que você se sinta mais feliz e realizado, dentro das suas possibilidades financeiras e pessoais.
Sobre as “vozes” das pessoas, fique tranquilo, pois, ao perceberem que você está mais interessado em percorrer o seu próprio caminho do que dar atenção às críticas de quem mal lhe conhece, estas vozes irão diminuir ou até dar lugar ao silêncio de quem respeita o espaço do outro.
E se você optar por percorrer o seu caminho tendo como GPS o direcionamento de outras pessoas, no final do trajeto, você poderá chegar a um lugar totalmente diferente do que havia planeado. E terá vontade de culpá-las por isso. Entretanto, de nada adiantará, pois, a responsabilidade sempre será de quem é, ou devia ser, o condutor. E, com relação ao nosso caminho e nossas escolhas profissionais, somos nós mesmos.
Leia, também, o nosso artigo sobre a técnica WOOP, desenvolvida e estudada pela professora da Universidade de Nova Iorque, Dra. Gabriele Oettingen, para ajudar as pessoas a descobrirem o que realmente querem.
*Por Cristine Rocha